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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Importância do Psicopedagogo na Instituição Escolar

A Importância do Psicopedagogo na Instituição  Escolar
 Maria Augusta Mota de Miranda
Especialista em Psicopedagogia Institucional, Professora de Língua Inglesa, formada no Campus IV, pela Universidade Estadual da Bahia.
E-mail: augusta-life@hotmail.com

Quando o processo de aprendizagem acontece de forma linear, o aluno adquire os seus conhecimentos com segurança e a sua construção se torna mais prazerosa. Sua auto-estima se eleva, e isto se reflete na apresentação de um ótimo rendimento em todas as disciplinas.
Todavia, se no seu trajeto ele se depara com inúmeras dificuldades, tais como: lentidão na execução de tarefas, queda de desempenho nas matérias, notas baixas, repetências, desinteresse pelos estudos, devemos então considerar o trabalho psicopedagógico como relevante, já que o aprendiz por si só não tem condições de fazê-lo e nem a instituição lhe dá suporte necessário.
Neste caso, o psicopedagogo é indispensável e deve realizar sua função de forma responsável, visando promover tanto no aluno, quanto na escola, mudanças significativas de aprendizagem.
Assim, frente a uma situação – problema , ele atuaria partindo de uma investigação sobre a vida escolar e familiar do estudante; através de diálogos com os pais, com os professores e também com o próprio aluno, tentando visualizar o problema existente no mesmo, orientando -o da melhor forma através de material pedagógico, entrevistas, provas projetivas ( desenhos) etc..., para que suas dificuldades de aprendizagem sejam sanadas e que ele tenha melhores resultados no futuro.
Buscando também a melhoria na relação aluno/ professor /funcionário, ele ajudaria, auxiliando assim estes, no surgimento de conflitos existentes; na interação com o outro; na elaboração dos planos de aula (na qual os professores poderiam fazê-los, de forma mais dinâmica, para que os alunos pudessem entender melhor as aulas); nos projetos da escola, que fossem mais voltados para a realidade da comunidade escolar.
  A instituição ( diretor, agentes administrativos, professores, secretários, coordenadores) não deve ver o psicopedagogo como uma ameaça, que está ali apenas para apontar os erros , mas como um suporte a mais, que poderá ajudar muito a escola.Contudo, para criar bases mais sólidas, será necessário que o ambiente escolar esteja aberto a estas mudanças, que se comprometam com este profissional coletivamente.O trabalho só terá sucesso, se todos cooperarem e tiverem o mesmo objetivo: de sanar as dificuldades de aprendizagem nos alunos; superar os conflitos já existentes e os ainda estão por vir.Conflitos estes, muito intensos e que aumentam ainda mais os obstáculos nas relações entre as pessoas.Interferindo em vários aspectos, principalmente no aspecto cognitivo criando uma série de demandas,  necessitando assim da intervenção psicopedagógica.
  O papel do psicopedagogo é de suma importância, porque ele vai agir como um “solucionador” para os problemas de conduta e aprendizagens, já que ele tem o domínio de técnicas especializadas, orientando professores, pais e demais envolvidos, naquilo que devem fazer em cada momento, para potencializar o tratamento.
  Quando se fala em “ intervenção “, logo a palavra nos remete a vários significados: Ato ou efeito de intervir;Intervir ( do Latim intervenire ): ser ou estar presente; Pôr-se de permeio; Interpor a sua autoridade, os seus bons ofícios.        
Interpor os seus bons ofícios: ação de quem tem algum preparo em determinada área e põe seus conhecimentos a disposição de quem deles necessita.Ação de quem acredita no que faz.
 Estar presente: não indica necessariamente uma ação, o que leva  a pensar em alguém disponível, que aguarda uma solicitação.Estar presente parece indicar uma posição, alguém a quem se pode recorrer e que está inteiro na situação.( Silvia ANCONA- LOPEZ 1995,p.20)
Com base nestas palavras, façamos uma reflexão sobre “ Intervenção Psicopedagógica”. O termo proveniente do verbo intervir, indica uma ação que determina antecipadamente um movimento. Alguém que estabelece um elo com outro alguém, e por estar preparado, produz alguma mudança significativa, que moverá outras ações, e que consequentemente terá novas intervenções.
 Voltado para o seu objeto de estudo, que é o processo de aprendizagem, a intervenção psicopedagógica se realizará através  destes elos ou ligações com metas bem definidas.Mas, como intervir, para promover o aprender ? A psicopedagogia ressalta que o sujeito deve ser sempre o autor da sua aprendizagem. E se isto não acontece, é porque existe uma série de demandas que precisam ser superadas, através da criação de mecanismos , que ajudem o aprendiz a mudar a sua realidade, bem como a transforma-lo em um sujeito melhor e mais capaz.
 Conclusão                                                 
 Saber lidar com o diferente; estruturar o sujeito, não é uma  tarefa fácil,mas o psicopedagogo deve ter sempre este compromisso social.E a partir das reflexões envolvidas no processo  de intervenção, contribuir para o esclarecimento destes déficit na aprendizagem, que não tem como causa apenas deficiências do aluno, mas que são conseqüência de problemas na instituição escolar, como também a família e outros membros da comunidade, que interferem no processo. É importante que tenhamos em mente, que o trabalho do psicopedagogo se dá numa situação de relação entre pessoas.O objetivo deste profissional é o de conduzir a criança ou adolescente, ou a instituição a reinserir-se numa escolaridade normal e saudável.Problemas de aprendizagem existem e sempre vão existir, mas só que agora há uma diferença, temos um olhar novo, clínico e mais amplo voltados para eles.Um olhar de um profissional que deve ser mais requisitado , e que não deixa de ser , de grande relevância no âmbito escolar.
 
Referências :
 
ANCONA-LOPEZ,M. Psicodiagnóstico : processo de intervenção. São Paulo : Cortez ,1995.
OLIVEIRA,Mari Ângela Calderari.Intervenção psicopedagógica na escola. Curitiba. IESDE,2004.
SÁ, Márcia Souto Maior Mourão. Fundamentos teóricos metodológicos da inclusão.Curitiba, IESDE, 2004.
SERRA, Dayse Carla Gênero.Teorias e práticas da psicopedagogia institucional.Curitiba , IESDE, 2004.

Fonte consultada:

http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos_maria_augusta_mota.htm

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