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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Psicopedagogia: ensinantes e aprendentes no processo de aquisição do conhecimento

Psicopedagogia: ensinantes e aprendentes no processo de aquisição do conhecimento

Prof. João Beauclair

Arte-educador, Psicopedagogo, Mestre em Educação, Associado Titular da ABPp, Conselheiro eleito ABPp Gestão 2008/2010, professor em cursos de pós-graduação em Psicopedagogia.

Resumo:

Com novas expressões, designamos uma nova visão da relação entre professores e alunos, onde os espaços e tempos do aprender estão para além das escolas e são percebidos na complexidade e na totalidade da vida de cada um de nós, sujeitos inseridos na dinâmica relacional do viver e conviver com os outros. No campo da Formação de Profissionais em Educação, principalmente na formação inicial, é importante mostrar como esta dimensão proposta por Alicia Fernandéz é significativa e amplia nossos perspectivas educacionais. Este artigo é uma construção textual onde a experiência em salas de aula e as buscas de aprofundamentos teóricos se misturam, num fazer que, a cada nova vivência, tem sido imenso manancial de novas idéias e produções textuais.

Palavras-chave: Psicopedagogia, Aprendizagem, Educação, Metodologia, Autoria de pensamento.

Abstract:
With new expressions, we assign to a new vision of the relation between professors and pupils, where the spaces and times of learning are stop beyond the schools and are perceived in the complexity and the totality of the life of each one of us, inserted citizens in the relationary dynamics of the life and to coexist the others. In the field of the Formation of Professionals in Education, mainly in the initial formation, it is important to show as this dimension proposal for Alicia Fernandéz is significant and extends our educational perspectives. This article is a literal construction where the experience in classrooms and the searches of theoretical deepenings if mix, in one to make that, to each new experience, it has been immense source of new ideas and literal productions.

Key words: Psychopedagogy, Learning, Education, methodology.

 
I - Introdução:
Foi com Alicia Fernández que aprendi o significado das expressões ensinante e aprendente, termos que esta psicopedagoga argentina utiliza para designar uma nova visão da relação entre educadores e educandos, onde os espaços e tempos do aprender estão para além das escolas e são percebidos na complexidade e na totalidade da vida de cada um de nós, sujeitos inseridos na dinâmica relacional do viver e conviver com os outros.
Esta mudança de olhar, sobre as relações existentes nos atos humanos de ensinar e aprender, presentes no processo de aquisição do conhecimento, nos mostra a flexibilidade no exercício de cada um desses papéis visto que nesta dinâmica, em determinados momentos o sujeito é o ensinante e em outros, o aprendente.
No campo da Formação de Profissionais em Psicopedagogia, principalmente na formação inicial, área que tenho atuado como ensinante faz alguns anos, sempre busco mostrar como esta dimensão proposta por Alicia Fernández é significativa e amplia nossos referenciais educativos.
No ato de pesquisar, ler e reler, sempre me proponho a integrar estudos na área psicopedagógica por acreditar que neste campo de ação, atuação e produção teórica temos um caminho excelente e inovador para continuar a percorrer, aceitando o desafio permanente de avançar no campo da formação de psicopedagogos. [1]
A cada nova experiência, com aulas em cursos de Pós-Graduação em Educação e Psicopedagogia, tenho novos e importantes movimentos de autoria de pensamento, vivenciados numa metodologia construída a partir da práxis pedagógica e psicopedagógica de agir e fazer, buscando maior interatividade e fomento ao desenvolver de novos profissionais que abracem a Psicopedagogia como uma efetiva possibilidade profissional e de ressignificação de seus próprios modos de viver a dimensão do aprender em suas vidas. [2]
A busca por uma contínua fundamentação teórica tem me levado a construir diversas possibilidades de interlocução e o contato com diversas áreas relacionadas à aprendizagem que, cada vez mais, estimula meu desejo de organizar idéias e abordagens, com o intuito de compartilhar e contribuir para nosso pensar, nosso agir e nosso fazer em Educação e Psicopedagogia.
Sendo assim, desde meu inicial movimento nas sendas da Psicopedagogia, tenho produzido textos, artigos e ensaios publicados em sites brasileiros e europeus e participado de diversos eventos nacionais e internacionais como conferencista e palestrante, além de ter publicado três diferentes livros sobre a temática, com a organização de informações e leituras que se propõem a indicar caminhos de interlocução entre Educação e Psicopedagogia.
É na analise de questões relativas às próprias influências de nossas vivências em processos de ensinagem, seja como ensinantes ou como aprendentes, que se encontra o início para pensarmos na formação em Psicopedagogia, que se apresenta repleta de desafios em nosso tempo presente.
Com cada nova turma onde atuo, apresento inicialmente o campo da Psicopedagogia, para que seja possível desenhar um conhecimento geral, trabalhando principalmente com conceitos que considero principais para, posteriormente, apresentar minha própria proposta de trabalho, que visa fundamentalmente estimular e fomentar o desejo da autoria de pensamento, validando a trajetória de cada aprendente e mostrando principalmente, que competências e habilidades mínimas hoje, são requeridas para a atuação profissional psicopedagógica.
Este artigo, portanto, é um misto entre relato de experiência e busca de aprofundamento teórico, de um fazer que, a cada nova vivência, é manancial imenso de novas idéias e sistematizações. 

II - Em busca de fundamentação teórica:

Enquanto campo de conhecimento humano, a Psicopedagogia tem sido influenciada por diversas correntes teóricas e, em seu histórico, sempre esteve voltada para as questões relativas à aprendizagem. Nas décadas de 50 e 60 do século passado, em seu iniciar, a visão predominante era a médica.
Nesta visão, buscava-se enfocar problemas que ocorriam com os sujeitos em relação à aprendizagem a partir de uma abordagem neuropsicológica, já que a existência de problemas de aprendizagem apresentados por tais sujeitos gerava fracassos no espaço e no tempo da escola e, para que se chegasse a sua solução, deveria investigar qual era a dificuldade, qual era o problema.
Nos anos 60 e 70, a Psicopedagogia interessou-se pelos condicionamentos, saindo da abordagem focada apenas nas possíveis falhas e avaliando os desempenhos dos sujeitos em situação de aprendizagem numa perspectiva behaviorista.
Considerando os porquês das dificuldades e dos problemas de aprendizagem nos sujeitos, os estudos psicopedagógicos da década de oitenta mudam o enfoque e passam a ser consideradas as diferentes influências do meio social e cultural, abandonando a perspectiva de somente observar como estas dificuldades e problemas se manifestam.
 A visão que surge, então, é considerada como sendo uma visão social, levando em conta a relevância das influências do meio sócio-cultural para a aprendizagem. As idéias de Lev S.Vygotsky ganham espaço e fundamentam novas perspectivas para se compreender as dinâmicas presentes nos processos de aprendizagem, construindo um perfil profissional psicopedagógico baseado na interdisciplinaridade como metodologia e proposta de adoção de estratégias de intervenção e pesquisa.
É um momento bastante fecundo, onde novas teorizações e aportes significativos surgem como elementos fomentadores da práxis psicopedagógica que, a partir de então, ganha novas perspectivas de ação e novos espaços para sua inserção. Na década de 90, com os avanços em outros campos do saber humano, principalmente das Neurociências, da Biologia, da Sociologia e da Psicolingüística, entre outras revisões epistemológicas, a Psicopedagogia insere-se, definitivamente, como um a área de atuação e um campo do saber humano interdisciplinar.
Com isso, a Psicopedagogia avançou no sentido de objetivar, cada vez mais, o sujeito na construção de sua autonomia, vinculando o eu cognoscente as suas relações com a aprendizagem. Processos de investigação sobre a construção, integração e expansão deste sujeito aprendente se tornam cada vez mais presentes na pesquisa psicopedagógica e é muito rica a produção que podemos notar neste período.
O processo de aprendizagem passa a ser tema essencial para se compreender a construção do sujeito cognoscente, meta maior a ser alcançada para que ele se torne capaz de ser o próprio responsável pela construção do conhecimento.

III - O ser e o saber na construção do sujeito cognoscente.

Numa perspectiva tradicional, sabemos que a aprendizagem tem sido compreendida como pista de mão única, onde o professor possui a tarefa de repassar o saber para o aluno, percebido como um ser que precisa receber este saber, sem que nenhum outro processo seja válido.  Desconsiderando as relações sociais, nesta visão do processo de aprendizagem, somente o professor detém o saber e entre alunos e professores nenhuma outra espécie de vínculo pode haver a não ser esta: o professor sabe e o aluno não sabe, portanto, a tarefa educativa deve ser a de repassar o que o professor sabe para o aluno, que, supostamente, nada sabe e só vai aprender se receber o saber.
Na atualidade, muitos são os movimentos pedagógicos para mudar definitivamente este modo de fazer educação, visto que existem diversos trabalhos e diferentes práticas que propõem mudanças de olhar e percepção sobre a aprendizagem, redefinindo os agentes de todo o processo e seus respectivos papéis.
Da pista de mão única à de mão dupla: uma boa metáfora para pensarmos sobre o par conceitual ensinantes e aprendentes, em processos de aprendências e ensinagens[3].  Em muitos momentos, é preciso criar novos campos semânticos para mudarmos nossas percepções e nossos paradigmas: a construção de novas idéias remete-nos a necessidade de buscarmos novas expressões, para significar novas possibilidades, e como isso, trazer mudanças ao nosso pensar.
No caso especifico do par conceitual aqui colocado, o que considero essencial é relacionar aprendentes e ensinantes como caminhantes, numa mesma direção. A poética que tal modificação induz ao nosso pensar é que, aos estarmos juntos nos processos de aprender e ensinar, de lidar com informações, conhecimentos e saberes, é possível elaborarmos em parceria vínculos como passaporte para a aprendizagem, expressão belíssima que tomo emprestado de Dulce Consuelo Soares. [4]
Em "A inteligência aprisionada” [5], Alicia Fernández trabalha esta importante questão, quando elabora idéias para refletirmos sobre uma concepção de processo da aprendizagem onde o aprendente é considerado como um sujeito pensante, portador de sua inteligência e onde ao ensinante, através dos vínculos que conseguem firmar, é portador do conhecimento: nesta relação, aprendentes e ensinantes estabelecem uma relação entre fatores que, quando colocados em jogo, facilitam processos de aprendências, com gosto de denominar.
E que fatores são estes? Pelo que aprendi com Alicia é o organismo individual que o aprendente herdou, o seu corpo, construído de modo especular, e a sua inteligência, que é auto-construída nas interações e na arquitetura do desejo, que sempre é o desejo de outro.
Assim, é essencial o vínculo que se estabelece entre ensinantes e aprendentes, para compreendermos o como aprendemos. Sara Paín, referencial também importante para nossos estudos em Psicopedagogia, nos convoca a pensar que a aprendizagem é um importante processo que nos permite vivenciar a transmissão do conhecimento de um outro que sabe, para um aprendente que vai tornar-se sujeito e desenvolver sua subjetividade pelo fato de estar em processo de aprendizagem. [6]
Tal processo, entretanto, só acontece de modo qualitativo quando o ensinante consegue utilizar as instâncias do orgânico, do corpo, do intelecto e do desejo, integrando ao saber de cada aprendente conhecimentos aprendidos e que podem ser utilizados de modo significativo, transformando assim, o ensino em conhecimento.
Aprendentes, como sujeitos da aprendizagem, possuem saberes que os sustentam e tais saberes são frutos de seus próprios movimentos e buscas por novas aprendizagens e novos conhecimentos. É na articulação do organismo, do corpo, do desejo e da inteligência que o aprendente, como sujeito, se constitui. No movimento que faz ao interagir com a família e a escola, com as instituições, com os outros, enfim, o aprendente constrói a sua modalidade de aprendizagem, de modo constante e permanente.
Assim, o ser e o saber na construção do sujeito cognoscente, do sujeito aprendente, é tema essencial para buscarmos aprofundamentos teóricos e reflexivos, que nos conduzam a pensar nas complexas dinâmicas presentes no ato humano de ensinar e aprender.

IV - As complexas dinâmicas no ato humano de ensinar e aprender: idéias, processos e movimentos para pensar em Aprendizagem.

Diante do que até aqui expus, e com os referenciais admitidos, aprendizagem é processo onde o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo articulam-se em busca de determinado equilíbrio. Entretanto, a estrutura intelectual, de acordo com Jean Piaget precisa de equilíbrio para estruturar o conhecimento do real e, assim, sistematizá-lo por meios dos movimentos de assimilação e acomodação. [7]
Com o estudo deste importante autor, aprendemos que assimilação pode ser compreendida como movimentos dos processos de adaptação, através dos quais os elementos presentes no ambiente são alterados, com o intuito de serem incorporados à estrutura do organismo.
Já por acomodação, conforme aprendemos em Piaget, entendemos como sendo os movimentos que elaboram os processos de adaptação que alteram o organismo, em concordância com as características do objeto com o qual se relaciona.    
Assim, o organismo é sustentado e evolui através das relações que consegue estabelecer com o ambiente onde se insere e, deste modo ele se adapta, utilizando-se dos movimentos de assimilação e acomodação.
De acordo com Alicia Fernández, são estes movimentos de adaptação que configuram a arquitetura onde a atribuição simbólica de significações próprias, que o sujeito aprendente faz, em relação aos processos de aprendizagem onde interage. [8] Entretanto, para que todo este processo favoreça adaptações inteligentes, é necessário que os movimentos de acomodação e assimilação estejam em equilíbrio, ou seja, um não pode predominar em excesso sobre o outro. Com os estudos de Sara Paín é possível observar os processos de hipoassimilação /hiperacomodação, e de hipoacomodação/hiperassimilação, que constituem as diferentes modalidades presentes nos processos representativos que afetam a formação deste equilíbrio. [9]
Tais modalidades interferem tanto nas reações e respostas que o organismo produz em sua interação com o meio, quanto nos processos de aprendizagem, que se pressupõe normal quando esta é produzida numa relação onde os movimentos assimilativos e acomodativos apresentem-se em equilíbrio.
São as elaborações objetivantes e subjetivantes que farão com que o sujeito aprendente e desejante, de fato, aprenda, pois aprender é apropriar-se, e tal apropriação permite que o objeto do conhecimento, da aprendizagem, seja ordenando e classificado. No aspecto subjetivo, tal movimento irá gerar o reconhecimento e a apropriação do objeto, como resultado das vivências e das experiências que o aprendente obteve com sua relação e interação com este objeto. Vale a pena relembrar que todo este processo ocorre na articulação das instâncias do organismo, do corpo, da inteligência e do desejo que constituem o mover-se do sujeito aprendente, além dos vínculos que consegue estabelecer com os outros aprendentes e com os seus ensinantes.
Todas estas idéias favorecem o nosso pensar, agir e refletir para as questões relativas à aprendizagem em nosso tempo. Se o aprendente se faz sujeito desejante de modo gradativo, a construção do seu saber deve ser investigada e analisada. Cabe a todo ensinante ser ponto de referência, suporte colaborativo e atencioso, observando expectativas e necessidades e valorizando, cada vez mais, as construções e descobertas de seus aprendentes.

V – Considerações em aberto: aquisição do conhecimento, vivências e compartilhamentos.

Nos espaços e tempos educacionais, devemos buscar de modo permanente o aprender e o ensinar com prazer, proporcionando que esta palavra/sensação prazer esteja presente nas ações e estratégias de aprendizagem. A aprendizagem afeta a dinâmica individual de cada aprendente e tem forte interferência no articular das instâncias do organismo, do corpo, do desejo e da inteligência. Nossas ações como ensinantes devem considerar tais interferências, centrando-se na busca pelas transformações. A aprendizagem é possibilidade, mas sem o desejo não se transforma em oportunidade. São requeridas pela nossa contemporaneidade novas posturas e iniciativas, compreendendo o espaço e o tempo da escola como estímulos à construções de teias de significações, onde o aprendente possa transformar-se e libertar suas potencialidades, vivenciando ricas experiências com os objetos que interage. Cada ensinante pode construir em suas ações de ensinagem espaços de confiança, credibilidade e amorosidade, onde seja possível a alegria da autoria, a alegria do aprender e do ensinar, a alegria de viver enfim.
Nas experiências que tenho vivido, como mediador em cursos de pós-graduação em Educação e Psicopedagogia, a busca permanente tem sido esta: ao estarmos em grupo, almejarmos sentidos criativos e lúdicos ao nosso mover-se no mundo da construção do conhecimento e do compartilhamento solidário de experiências.
Proponho aqui um momento de reflexão, com o auxílio de um belo texto de Madalena Freire[10]

EU NÃO SOU VOCÊ
VOCÊ NÃO É EU

“Eu não sou você
Você não é eu
Mas sei muito de mim
Vivendo com você
E você, sabe muito de você vivendo comigo?
Eu não sou você
Você não é eu
Mas encontrei comigo e me vi
enquanto olhava você
Na sua, minha, insegurança
Na sua, minha, desconfiança,
Na sua, minha, competição,
Na sua, minha, birra infantil
Na sua, minha, omissão
Na sua, minha, firmeza
Na sua, minha, impaciência 
Na sua, minha, prepotência
Na sua, minha,fragilidade doce
Na sua, minha, mudez aterrorizada
E você se encontrou e se viu, enquanto
olhava para mim?
Eu não sou você
Você não é eu
Mas foi vivendo minha solidão
que conversei com você
E você conversou comigo na sua solidão ou fugiu dela, de mim, de você?
Eu não sou você
Você não é eu
Mas sou mais eu, quando consigo
lhe ver, porque você me reflete
No que eu ainda sou
No que já sou e
No quero vir a ser...
Eu não sou você
Você não é eu
Mas somos um grupo, enquanto
somos capazes de, diferencialmente,
eu ser eu, vivendo com você e
Você ser você, vivendo comigo.”

Referências:


 

[1] Neste sentido produzi os seguintes trabalhos: BEAUCLAIR, João. Psicopedagogia: trabalhando competências, criando habilidades. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2004, segunda edição, 2006. BEAUCLAIR, João. Para Entender Psicopedagogia: perspectivas atuais, desafios futuros. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2006. BEAUCLAIR, João. Incluir, um verbo/ação necessário à Inclusão: pressupostos psicopedagógicos, Pulso Editorial, São José dos Campos, 2007.
[2] Refiro-me a MOP - Metodologia de Oficinas Psicopedagógicas: vivências, aprendências e ensinagens significativas, uma metodologia ativa de aprendizagem onde o uso de dinâmicas de grupos, estudo de textos, discussão teórica, interações dialógicas entre aprendentes e ensinantes constituem-se como estratégias formativas em Educação e Psicopedagogia.  
[3]Explicando os termos aqui utilizados, entendo como aprendência a tomada de consciência de nossas possibilidades aprendentes criando processos de significação e constituindo o evoluir permanente de nossas subjetividades; já o termo ensinagem aqui é utilizado no sentido de que ensinar e aprender são processos resultantes da interação dialética entre aquele/a que ensina e aquele/a que aprende, ou seja, ensino e aprendizagem são os diferentes lados de uma mesma moeda, onde o ser cognoscente é ser também desejante, em movimento de autoria de pensamento.” Nota presente em BEAUCLAIR, João. Para Entender Psicopedagogia: perspectivas atuais, desafios futuros. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2006, página 53.
[4]SOARES, Dulce C. Os Vínculos como Passaporte da Aprendizagem: Um Encontro D’EUS. Rio de Janeiro: Editora Caravansarai, 2003.
[5] FERNANDÉZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Editora Artes Médicas:  1990.
[6] Sobre as questões relativas à subjetividade, conferir: BEAUCLAIR, João. Subjetividade e Educação. Revista Ciência e Vida Psique, Edição Especial Psicopedagogia, ano I número 2. São Paulo: Editora Escala, 2007.
[7] Conferir as seguintes obras: PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro, Editora Zahar, 1970. PIAGET, Jean. Inteligencia y afectividad. Buenos Aires: Aique 2001.
[8] FERNANDÉZ, Alicia. O saber em jogo: a psicopedagogia possibilitando autorias de pensamento. Porto Alegre: Editora ARTMED, 2001.
[9] Conferir as seguintes obras: PAÍN, Sara. Estructuras inconscientes del pensamiento. Buenos Aires: Nueva Visión, 1979. PAÍN, Sara. A função da ignorância. Porto Alegre: Artmed Editora, 1999. PAÍN, Sara. La estructura estética del pensamiento. Revista E.Psi.B.A. n. 8, 1988. PAÍN, Sara. Subjetividade e objetividade. Relação entre desejo e conhecimento.  São Paulo: CEVEC, 1996.
[10] FREIRE, Madalena. O que é um grupo? In: BORDINI, Jussara e GROSSI, Esther Pillar (orgs.). A paixão de aprender. Petrópolis, Editora Vozes, 2000.

Fonte consultada:

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